“Uma voz lá no fundo de Richard lembrou que Atlântida nunca existiu e, ousada, continuou dizendo que anjos também não existiam e que, além disso, as experiências pelas quais ele havia passado nos últimos dias eram impossíveis. Richard a ignorou. Era estranho, estava aprendendo a confiar em seus instintos [...]”
A história conta como um londrino comum, Richard Mayhew, certo dia encontra uma mendiga caída na rua e resolve ajudá-la. Inadvertidamente, com seu ato ele deixa de ser um cidadão da Londres, dono de uma vidinha pacata e bem encaminhada, para tornar-se alguém que não pertence a lugar algum (daí o título do livro). Um estranho invisível tanto em seu mundo quanto no que se desvenda à sua frente, a "Londres-de-Baixo", subterrânea, onde as leis são diferentes e as estações de metrô incorporam o sentido literário de seus nomes. Assim, "Earls Court" tem mesmo uma côrte, "Seven Sisters" são sete irmãs, "Blackfriars" é o lar dos Monges Negros, e existe um anjo chamado Islington no meio do caminho das estações "Angel" e "Highbury and Islington".
A idéia é interessantíssima, especialmente para quem conhece a capital inglesa e já pegou metrô por lá, mas se comparada a Sandman, Deuses Americanos, Os Filhos de Anansi, Stardust ou mesmo aos livros infantis ou ao filme Máscara da Ilusão, Lugar Nenhum (título nacional do livro), é bastante convencional.Em suma um excelente livro, leiam caso surja a oportunidade.
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