29 de agosto de 2011

Balada da alma



Preciso viver muito

pra saber o que é viver

mas viver pra mim exige

respeito do bem querer

se me fere a matéria

e me desfere os meios

o que cintilar em saudade?

se não sobram devaneios

me restam fotos e sons

que outrora eram festa

mas me foge o entusiasmo

de encarar esta sesta

foi nada não

apenas a fuga do meu ser

minha vontade de sorrir

entalada em desespero

sinto o sentido

e um breve sussurrar

será que é o amor?

vivo e machucado

pelo destino da vida

reflexo dos meus próprios atos

merecimento de minhas ações

mudo hoje

rasgando

uniforme

com o propósito

de ser mais feliz


                                                        Marcelo T.A



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