
Em 3 de Outubro de 1960 foi eleito presidente, para o mandato de 1961 a 1966. No entanto, forças ocultas o derrubaram da presidência. Assim sendo, esta foi uma imagem marcante em sua gestão; e pode-se dizer que simbolizava bem o momento político do país naquele período. A fotografia foi tirada pelo fotógrafo Erno Schneider (do Jornal Brasil) em 1961, durante uma visita de Jânio à cidade de Uruguaiana, para um encontro com o então presidente argentino Arturo Frondizi.
Jânio com os pés enviesados, não sabia para onde ir, ou se ficava ali mesmo. Tal foto venceu o Prêmio Esso de jornalismo em 1962.
Jânio com os pés enviesados, não sabia para onde ir, ou se ficava ali mesmo. Tal foto venceu o Prêmio Esso de jornalismo em 1962.
A descrição deste acontecimento pelo fotógrafo
“Enquanto o Jânio ia encontrar o Frondizi na ponte, no meio da ponte, eu resolvi ir a pé. Eu tava andando, acompanhando ele do lado. De repente, deu um tumulto. Um tumulto muito grande. O Jânio levou um susto e se virou. Na hora eu vi que ele tava todo estranho, todo torto. Eu senti que tinha uma foto diferente. Aí eu fiz o click. Foi um só também” (dito numa entrevista ao Fantástico em 2002).
"Ao Congresso Nacional. Nesta data, e por este instrumento, deixando com o Ministro da Justiça, as razões de meu ato, renuncio ao mandato de Presidente da República. Brasília, 25.8.61."
Especula-se que Jânio estaria convicto de que com este gesto, surgiriam fortes manifestações populares contra a sua renuncia, com o povo clamando nas ruas por sua volta ao poder. Por esta razão Jânio ficou horas aguardando este fato, dentro do avião que o levaria de Brasília a São Paulo.
Mas o seu intuito não contava com um possível arranjo, nos bastidores da política, para impedir que a população soubesse em que local ele estaria nos momentos finais de seu mandato, após a divulgação de sua carta de renúncia.
Jânio Quadros alegou a pressão de "forças terríveis" que o obrigavam a renunciar, forças que nunca chegou a identificar. A rádio jornal daquela época, o Repórter Esso, usou o termo “forças ocultas”, termo este que Jânio não empregou mas que entrou para a história do Brasil.
Com a ditadura, perdeu seus direitos políticos, vindo a retornar a vida pública no final dos anos de 1970. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo pelo PTB numa vitória inimaginável, contrariando as pesquisas do Datafolha a indicar que seu adversário, Fernando Henrique Cardoso, venceria. Tamanha era a certeza que o próprio candidato chegou a posar para fotos na cadeira de prefeito, na véspera das eleições.

Um fato que contribuiu para sua derrota viera em um debate, onde Boris Casoy perguntara a ele se acreditava em Deus, e Fernando Henrique titubeou, dizendo ter combinado com o jornalista de que esta pergunta não seria feita, sendo de fórum intimo (tal ato respondeu por si só a pergunta do jornalista). Isto foi um prato cheio para manchar sua campanha, servindo para mobilizar os conservadores a favor de Jânio.
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